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A crise que assola o cenário econômico tem forçado muitos empresários a participar de perto da gestão de seu empreendimento. Mais do que levar a empresa ao propósito de produção e/ou serviços, o momento é de reduzir investimentos de alto risco, enfatizar o planejamento a longo prazo e tomar decisões mais conservadoras. E como isso deve ser feito? Uma das alternativas é fazendo-se controles de maneira eficiente, sem esquecer aspectos importantes como o caixa, endividamento, riscos e todo o processo de desenvolvimento das atividades empresariais.
Os controles consistem num conjunto de políticas e procedimentos, que são desenvolvidos e operacionalizados para garantir razoável certeza, acerca da confiança que pode ser depositada nas informações e nos seus processos, aumentando a probabilidade de que os objetivos e metas sejam atingidos, de maneira correta e tempestiva, com a mínima utilização de recursos. Uma gestão baseada em controles possibilita a correção dos rumos do negócio, otimização de recursos e o planejamento de investimentos. Nas últimas décadas, fatores econômicos, culturais e sociais do Brasil têm feito muitas empresas deixarem essa prática de lado.
A melhor maneira de enfrentar a crise atual é fazer análise criteriosa do gerenciamento de riscos da empresa (medida da incerteza, que poderá trazer consequências positivas, 'oportunidades' ou negativas, 'chamadas efetivamente de riscos'). É importante saber o que ocorre no ambiente, seja positivo ou negativo, e deve ser pensado diariamente pelo gestor. Em seguida, vem o planejamento estratégico para, depois, transformar estes dois itens em números, no planejamento orçamentário.
Ainda é no momento de elaboração dos dados que será construído o rumo da empresa. É dentro do orçamento que a análise deve ser direcionada para os resultados e para o fluxo de caixa. Quem já possui estes itens implantados na empresa sofrerá menos impactos com a crise atual.
É imprescindível que os empresários definam indicadores que possam ajudar a visualizar e compreender a situação da empresa rapidamente. Alguns indicadores podem ser vistos mensalmente, outros devem ter acompanhamento diário, como o fluxo de caixa. Mas isso varia para cada tipo de empresa. Em tempos de crise, onde as consequências ainda não são claras, é necessário maior controle para obter agilidade na tomada de decisão.
Os resultados em uma empresa não acontecem ao acaso, mas devem ser construídos. Não adianta constatar problemas no final do ano, com o balanço, que já será tarde. Por isso, os controles ajudam o gestor a enxergar uma tomada de decisão, devendo ser rápida e sem medo de errar. Analisar uma ação baseada em indicadores está mais que correto. É preciso ser ágil, pois ser empresário é correr riscos.
Dessa forma, cabe aos empresários fazer uso constante de relatórios gerenciais, para trabalhar com uma saúde financeira ao longo do ano. É preciso que as ações estejam de acordo com a atual situação econômica do mundo, e que estas saiam do papel, com modelos de gestão que ajudem o empresário a obter os resultados desejados. É preciso trabalho árduo, principalmente em tempos de crise, para produzir resultados.
Muitas empresas, atualmente, estão de olho em novos canais de vendas para otimizar os negócios. Antes da crise, com a facilidade de acesso ao crédito, era fácil e rápido vender seus produtos. Agora, será necessário empenho para mostrar o seu produto ao mercado. É a hora de acompanhar os números de perto, sem medo de tomar decisão. É hora da gestão de verdade.
Quanto mais organizada e preparada sua empresa estiver para prever e avaliar os danos desta crise, mais capacitada estará para lidar com as situações adversas e seus efeitos. O gestor deve investigar o que pode acontecer com o seu empreendimento, e estar devidamente preparado, com a construção e análise de cenários possíveis propostos no planejamento, definindo ações que podem ser implantadas para minimizar perdas, em um cenário pessimista; ou otimizar ganhos, num cenário otimista.
Neste momento de incertezas, a recomendação é a de aumentar a liquidez da empresa, mantendo saldo de caixa maior; minimizar custos fixos; diminuir o nível de endividamento e proporcionar uma situação financeira de menor impacto.